Por Nani Blanco
- 31.03.2025
Nos últimos anos, além de estar à frente da criação e produção do Reboot, participei de muitos eventos de comunicação política, alguns como observadora internacional, outros como ouvinte e também como palestrante. E posso afirmar com convicção: nenhuma aula online, nenhum vídeo ou live substitui a força da experiência vivida em um evento presencial.
Mais do que aprender, nesses encontros a gente mergulha. Mergulha na cultura política de um país, observa o comportamento das pessoas, analisa as ruas, os discursos, a atmosfera. É uma imersão real e transformadora.
Fui observadora internacional na Argentina, durante as eleições de Javier Milei. Estive no México, acompanhando a eleição histórica da primeira mulher presidente do país, Claudia Sheinbaum. E também vivi a experiência da disputa entre Trump e Kamala Harris, nos Estados Unidos. Em todos esses contextos, não era só sobre política. Era sobre gente. Sobre como os veículos se comportam, como as narrativas são construídas, como os espaços públicos viram palcos de disputa simbólica, das placas nas ruas aos eventos de militância.
Em Cancún, em dezembro de 2023, tive a honra de palestrar na Cumbre Mundial de Comunicación Política, um dos maiores eventos do mundo sobre o tema. Foi um divisor de águas. Além da troca de conteúdo, pude fazer conexões com profissionais e setores de vários países — conexões que seguem vivas até hoje.
E no meu último evento internacional, em Washington D.C., tive a alegria de conhecer os meus sócios no Reboot Lisboa: três grandes empresas da comunicação pública, institucional e política de Portugal — F5C (First Five Consulting), Dédalo e 29 Graus.
Esses eventos não só ampliam nosso repertório como conectam a gente com pessoas que dificilmente encontraríamos no nosso dia a dia. Muitas dessas conexões viraram parcerias, clientes, ideias.
E aqui no Brasil, o Reboot foi crescendo. Um seminário que começou em 2019 e que, hoje, é realizado anualmente em Brasília, se tornando um dos eventos mais tradicionais e respeitados da comunicação política no país. Já passaram por ele nomes como João Santana, Antoni Gutiérrez-Rubí, Mário Riorda, Felipe Nunes, Maurício Moura, Cila Schulman, Emerson Saraiva, Lucas Pimenta, além de prefeitos, deputados federais e participantes altamente qualificados de todo o Brasil.
Mais do que grandes nomes no palco, o Reboot impressiona pela qualidade dos participantes. A plateia carrega uma bagagem prática e técnica que transforma cada momento em uma troca poderosa.
E aqui vai um recado importante:
por mais que você já seja um renomado consultor, um estrategista ou palestrante, invista em estar presente nesses eventos.
Não espere apenas ser chamado para subir ao palco. Vá na plateia. Ouça, observe, participe. Porque sempre pode haver uma porta a mais esperando por você ali. Uma conversa, uma conexão, uma virada de chave.
Agora, em 2025, o Reboot aterrissa em Lisboa, nos dias 6 e 7 de junho.
Uma edição especial, com um dia e meio de programação:
- Um dia com painéis, palestras e estudos de caso com especialistas do Brasil e de Portugal. E noite com jantar institucional e trocas estratégicas.
- E no segundo dia, uma visita a instituições como a Assembleia da República com palestras, seguida de ações culturais e turísticas.
Se eu puder te dar um conselho simples: vá. invista. participe.
Porque nesses espaços a gente aprende, se inspira, se reposiciona.
Porque, às vezes, a conversa que muda a sua trajetória está do seu lado — no café, no corredor, na fila da credencial.
E porque, no fim, a gente não cresce sozinho.
A gente cresce em rede. Presente. De verdade.
Te espero em Lisboa! Até lá.